segunda-feira, 25 de maio de 2009

PRIVILÉGIO

Tive o privilégio de subir ao palco, cumprimentar, abraçar e apertar a mão do multi-artista Zé Rodrix. Isso foi durante a Feira do Livro em 2008, em Porto Alegre, após seu excelente show no espaço cultural da CEEE, na Rua da Praia.
Antes disso ele cantou, tocou seu teclado e conversou muito com o público seleto, falando de sua vida, sua carreira artística e das experiências que teve em mais de 40 anos andando por este Brasil compartilhando sua criatividade.
Zé Rodrix foi um dos marcos de nossa arte brasileira, sempre sincero e extrovertido. Alegre e profundo em seus pensamentos. Compôs hinos de uma geração que foram cantados em vozes como a da estrela Elis Regina e tantas outras estrelas de nossa MPB. Quem não lembra de "eu quero uma casa no campo..." ou de "Soy Latino Americano e nunca me engano, nunca me engano" e das musiquinhas publicitárias como "quem disse que não dá, no fininvest dá..." que marcaram época.
Zé Rodrix escritor maduro pesquisou muito e escreveu 3 livros sobre coisas da Maçonaria e estava concluindo obra sobre o mártir Tiradentes.
Um homem, artista, que viveu intensamente e de repente deixou de existir no plano material, morrendo na terra da garoa, a São Paulo que ele tanto gostava e lá vivia com sua esposa e filhas.
Minha alma ficou triste no dia de sua partida, pois esta cabeça brilhante deixou de pensar aos 61 anos. Foi uma sacanagem do destino, pois queríamos por mais tempo este gênio pensando, cantando e encantando entre nós. Mas assim quis Deus, e que seja feita Sua Vontade. Vai ver que Ele, Deus, precisava do Zé mais do que nós lá no infinito e inexplicável universo.
Salve salve Zé Rodrix, um brinde a sua obra!

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